Friday, December 22, 2006

Do widzenia, do jutra (2006)


Jantar em casa de M.
Bastou os mexilhões entrarem na sala para que a conversa tomasse outro tom.
Roman Polanski sentado num dos mapples com uma pose serena, ouvia com atenção as discussões que surgiam. A comida veio para a mesa e a atenção virou-se para assuntos do quotidiano e piadas sobre o Natal. Três mulheres alheadas ao resto da sala conversavam no sofá vermelho rubi, duas outras, perto da janela, trocavam olhares com os homens. O café foi servido, a discussão ficou mais forte, L soltou-se da cumplicidade e entrou na discussão, Polanski continuava atento e apenas intervinha quando, por momentos, o tom descia. Os assuntos foram ficando mais leves assim como o ambiente foi ficando mais denso de fumo. A noite em casa de M acabou mas nem por isso eu estava com vontade que a minha acabasse.

Rotunda da Boavista > Cena surreal, um SUV branco, um Porsche cinzento, 2 míudas estrangeiras tão altas como magras, um asiático com ar de perigoso, 2 tipos com ar de segurança e um de bigode e fato de mau corte com ar de...
Demasiado para uma rapariga sozinha num carro, tempo de sair dali.

Cordoaria > telefonema para perceber que afinal todos os planos tinham passado para a Boavista e já estavam todos lá. As possibilidades eram vagas.
Sem querer acordei uma amiga e resolvi que a noite era para mim.

Estacionamento via verde, subida ao frio com ar de poucos amigos. À porta um telefonema bastante exaltado e como não fui vista entrei, segundos depois o encontro, os sorrisos. O ambiente tinha dois tons. A música pesada fez com que a conversa se diluísse mas nem isso foi capaz de desligar a empatia, os amigos foram saíndo e nós ficando.
Trocamos os dois segredos em que a condição humana se apoia e rimo-nos com a facilidade com que as coisas se complicam.
Estava na altura de sair mas como ninguém queria que a noite acabasse, as discussões continuaram de uma forma tão envolvente que não senti o tempo a esgotar.

13-20... quase.

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