Sunday, December 31, 2006

What happens in



... stays in 2006.

SMS XMAS RSVP



Um dos grandes problemas desta época festiva é a necessidade que as pessoas têm de fingir afecto por pessoas que na maior parte das vezes não têm qualquer significado é quase como nos casamentos, a sociedade espera que se convidem aqueles familiares que não existem no dia-a-dia mas que obrigatoriamente têm que presenciar todas e quaisquer cerimónias que envolvam actos solenes.
Este ano neguei a existência dos sms natalícios e respondi apenas às pessoas que me enviaram boas festas, a maioria bons amigos, uma parte de "dispensáveis" e ainda tive direito aos habituais números que não estão gravados no meu telemóvel, também conhecidos como "Desculpa mas não me lembro quem és.", e "Ainda não te mudaste para o Burkina? Pena..."

Sempre encarei a época natalícia como um sumatório dos nossos comportamentos durante o ano, é a altura em que paramos para pensar sobre o que é que aconteceu no último ano e aproveitamos para fazer estes pequenos retiros zen junto de quem importa, eu na minha inocência também pensei que era a altura de dar, dar sem esperar nada em troca, stupid me! Ouvi, com estes lindos ouvidos, que um dia a terra há-de comer, "- (...), mandei um sms a desejar-lhe um bom natal e ela nem sequer me respondeu."! HUM?!!!! E depois? Isso quer dizer que só lhe mandaste um sms à espera que ela te enviasse um de volta, ora aí está a essência do espírito natalício! Eu dou, mas se tu não me dás eu reclamo. Se estivermos dependentes de espíritos como este, nunca vamos ter nada porque só damos se recebermos algo em troca.
Ora toma!

Saturday, December 30, 2006

Amoeba


Na noite de ontem surgiu um convite para almoçar e infelizmente as células da Patripeirinha não estavam pelos ajustes, eu podia enfrentar a fera explicar que afinal ficava para almoçar ou apanhar boleia e ir sozinha, mais ou menos.
Um almoço no campo transformou-se em jantar enquanto duas amibas gigantes, comedoras de panados, se tornavam profissionais de couching.

Friday, December 29, 2006

See Six


O encontro começou perto das 8.30h e a afluência foi bem maior do que a esperada, com direito um jantar paralelo na capital e a uma invasão de outras edições.
Entre arroz de tamboril ou marisco, Muralhas e ou Evel o jantar foi animando, acabando num novo estado.
O panorama musical estava agridoce até porque o dj de serviço se recusava a pôr música "azeiteira", no entanto a t-shirt verde com Playboy escrita em screaming pink dizia outra coisa.
Enquanto o irmão Steve e o seu acólito tentavam converter algumas das almas femininas que se encontravam na pista, os cogumelos encontraram na humidade da noite o seu ambiente fértil e saltavam de um lado para o outro ao mesmo tempo que andavamos às voltas nos carrinhos de choque.
Telefonamos aos tios para nos virem buscar mas o whisky que beberam durante o tempo de espera fez com que preferissemos ir pelos nossos próprios meios.
A chegada a casa contou com o corpo de intervenção da PSP à porta, iluminando o caminho qual estrela do presépio, uma verdadeira aparição!
Telefonemas e sms de chegada e pronto, posso dormir.

Thursday, December 28, 2006

Presente atrasado



Pediste uma dica! Aqui está ela!

3 de Copas


Parecia que o dia não ia avançar grande coisa graças a uma noite mal dormida e a um chá de maçã e canela que durou mais do que devia, mas como a vida tem destas coisas, bastou o A. lembrar-se que era a vez dele me convidar para o almoço para que o dia ficasse mais agitado, infelizmente o tempo que tínhamos não deu para o café à beira mar mas foi o suficiente para estar com um dos meus grandes amigos antes do ano acabar.
De volta ao escritório...
A Parve apareceu por volta das 6.30h para me desencaminhar, e de repente estavamos na mecca dos bons negócios (onde um kit de costumização pode custar 1,25 euros!), tiveram que nos expulsar, mas não nos demos por vencidas, quitamos a nave espacial que nos levou a uma das melhores vistas deste lado da galáxia. Troquei o meu agasalho por um 3 de copas e umas piadas à custa de repetidos "Tá bem". Ainda tivemos tempo de visitar a dona Graça ao coração da cidade e marcar lugar para as melhores vistas.

Wednesday, December 27, 2006

Jogos de Guerra


As forças especiais tinham sido enviadas para as fronteiras do conflito, estavamos em plena guerra fria, jogos de estratégia, invasões controladas. Nenhum dos dois países queria ceder um mílimetro e não havia progressos de qualquer um dos lados. Até que os serviços de inteligência trouxeram a notícia que o território em questão há muito tempo havia sido anexado.
"A ONU não permite confrontos com as forças rebeldes em territórios não independentes."
Os rebeldes foram empurrados até à fronteira e conflito contido.
Várias medalhas de honra foram atribuídas.

Não há mais chá para essa mesa! 13-60 completamente!

Monday, December 25, 2006

Achado e perdido

Vi-te chegar e percebi o que está à tua espera. Nem o sorriso que tens para me dar é o mesmo, está mais fraco, mais breve. Sentas-te mesmo à minha frente e vejo uma das tuas pernas a tremer, com a mão decidida agarras nela e invertes a posição, sentes o meu olhar pousado em ti e olhas para mim como se fosse uma coisa sem importância, devolves-me um sorriso que me aquece e me relembra o mesmo de sempre.
Falas com toda a gente, contas piadas, relembras amigos e tempos de infância mas eu sinto a dor, vejo como em pequenas fracções de segundo os dentes não se soltam e a tua voz afunda-se na garganta, como guardas o segredo em ti e como isso também te dissolve.
Não tenho imagens, cores ou sons que em me apoiar para te descrever, tenho-te a ti enquanto puder.

Sunday, December 24, 2006

Natalicious



O que começou como uma forma de me pirar de casa durante a fritura das rabanadas, agora é uma tradição de alguns anos.
Todas as vésperas de Natal, junto duas amigas e vamos comer uma refeição o menos natalícia possível, o que normalmente acaba em chinês!
Este ano, V. chegou só (!!) 15 minutos atrasada, I. preparou um stroganoff de camarão, o baby Bola destruiu tudo à nossa volta enquanto pedia mais "pangerinas".

Saturday, December 23, 2006

Cantorias



Algures na noite fria, fazias uma boa acção, eu sem coragem para te acompanhar procurava conforto e força para enfrentar mais um Natal.
Começou com uns acordes tímidos, enquanto P. era escravizado na outra sala, passou por vários temas já com mais vigor, e acabou com a Kylie em 3 vozes.
A noite do gato foi baptizada como "Ciclo - Às voltas com pessoas que não são do Porto".
Ainda houve, para quem quis, pão com queijo, cortezia do J!

Friday, December 22, 2006

Do widzenia, do jutra (2006)


Jantar em casa de M.
Bastou os mexilhões entrarem na sala para que a conversa tomasse outro tom.
Roman Polanski sentado num dos mapples com uma pose serena, ouvia com atenção as discussões que surgiam. A comida veio para a mesa e a atenção virou-se para assuntos do quotidiano e piadas sobre o Natal. Três mulheres alheadas ao resto da sala conversavam no sofá vermelho rubi, duas outras, perto da janela, trocavam olhares com os homens. O café foi servido, a discussão ficou mais forte, L soltou-se da cumplicidade e entrou na discussão, Polanski continuava atento e apenas intervinha quando, por momentos, o tom descia. Os assuntos foram ficando mais leves assim como o ambiente foi ficando mais denso de fumo. A noite em casa de M acabou mas nem por isso eu estava com vontade que a minha acabasse.

Rotunda da Boavista > Cena surreal, um SUV branco, um Porsche cinzento, 2 míudas estrangeiras tão altas como magras, um asiático com ar de perigoso, 2 tipos com ar de segurança e um de bigode e fato de mau corte com ar de...
Demasiado para uma rapariga sozinha num carro, tempo de sair dali.

Cordoaria > telefonema para perceber que afinal todos os planos tinham passado para a Boavista e já estavam todos lá. As possibilidades eram vagas.
Sem querer acordei uma amiga e resolvi que a noite era para mim.

Estacionamento via verde, subida ao frio com ar de poucos amigos. À porta um telefonema bastante exaltado e como não fui vista entrei, segundos depois o encontro, os sorrisos. O ambiente tinha dois tons. A música pesada fez com que a conversa se diluísse mas nem isso foi capaz de desligar a empatia, os amigos foram saíndo e nós ficando.
Trocamos os dois segredos em que a condição humana se apoia e rimo-nos com a facilidade com que as coisas se complicam.
Estava na altura de sair mas como ninguém queria que a noite acabasse, as discussões continuaram de uma forma tão envolvente que não senti o tempo a esgotar.

13-20... quase.

Thursday, December 21, 2006

04 us


Mais um jantar de natal.
Dentro do grupo 4 pessoas que vão estar sempre ligadas por uma experiência partilhada.

Tuesday, December 19, 2006

Maratona 02



Das 14.30h às 23.45h a ver trabalhos in loco aka mais 1h de viagem...
Ahhhhhhhhhhhhhhhhh!

Sunday, December 17, 2006

Smart Moves


Quando passamos 6 horas com a mesma pessoa no mesmo carro várias coisas podem acontecer:

abrimos a janela e saltamos para o meio da estrada, já que a morte é um cenário maravilhoso quando comparado com mais uns segundos naquele espaço confinado,

desejamos com todas as forças que houvesse um transporte alternativo,

adormecemos ou fingimos que adormecemos para que a viagem acabe o mais rapidamente possível,

mantemos a conversa no nível mais básico e se possível despejamos todo o nosso conhecimento sobre o tempo e as condições meteorológicas,

criamos uma empatia tal com o nosso companheiro de viagem que frases ficam incompletas, o tempo passa a correr e os momentos de silêncio são preciosos.

Não sei bem quando nem como, mas criei uma alergia terrível a viagens longas de carro principalmente quando não sou eu a conduzir, fico em tal tensão que ou o meu corpo se desliga como num ataque de narcolépsia ou passo a viagem a mexer-me de um lado para o outro no espaço disponível, travo em seco com o risco de enfiar os pés no motor, finco as mãos num dos apoios laterais até as minhas unhas trespassarem a palma da minha mão, nessas alturas a minha hérnia de estimação lembra-se que tem direito a voto e não pára de me chatear. Um verdadeiro pesadelo.
Hoje a viagem passou a correr mas melhor que uma viagem sem sobressaltos foi o facto de ter viajado com uma pessoa que me entende perfeitamente, que me diz:
"(...) Dizes essas coisas da boca para fora mas sabes bem que não o farias porque não és assim."
Tens toda a razão! Obrigado pela boleia!

Saturday, December 16, 2006

VMawards 06



O vento estava de feição quando a viagem começou, escusado será dizer que também estava frio!
A primeira paragem, que seria para repor os níveis de cafeína acabou por ser uma desculpa para aviar dois pregos no pão mistos, dois sumos de laranja, um lanche e claro um bolo e cenoura, isto tudo a 500 metros do ponto de partida...
Uma A1, uma A8, uma saída ao km 44, umas quantas entradas e saídas de nacionais, várias rotundas, imensas luzes amarelas na via verde, uma paragem para uma sopinha passada (para a bebé) e um café (para mim) depois chegamos ao destino! Uns segundos de silêncio enquanto subíamos o caminho até ao mamarracho plantado na falésia, depois de a selecção musical da viagem andar entre o hardcore shake e o shake hardcore, para abrir o apetite!
Fomos as primeiras a chegar e como não havia nada para fazer (tirando o golf, o spa, as massagens Vichy, a piscina, o salão de jogos, o bar e a praia) sentamo-nos no lobby a fazer contas à vida.
Ao fim de 4 horas, tínhamos as contas quase terminadas, descoberto que Amyn é nome de rapaz, as senhas de racionamento distribuídas e a companhia de um grupo que até era bom em somas, de destacar: chef Bernardes, Sóce mais 2 sóces, mestre Manuel Aroso, António Na Posse d' Toalha, Cat-Non-Stop e Simão.
Durante o jantar, realizou-se um workshop de Tagging sob a orientação de Ricardo David (PhD), patrocinado pelo Bazar do Oriente e pelas canetas Edding 3000, workshop este, que devido à adesão massiva, prolongou-se para o bar e mais tarde, pela noite dentro.
O bar encheu e esvaziou por diversas vezes (tal como os copos dos senhores Antero e Bandeira) antes do batalhão ter finalmente invadido a grande discoteca, diversos programas alternativos aconteceram nesse período incluindo, um preview do próximo programa do Discovery Channel "Camaleões Urbanos - a adaptação às novas realidades" e a tertúlia habitué no sofá da entrada, nesta noite com o tema: "Construtivismo - Elevador ou Escadas?".
O pequeno almoço foi servido às 6h em ponto, e acreditem porque nós estávamos lá na abertura das portas qual concerto dos Rolling Stones.
Durante este repasto contou-se com um sortido variado, não só de mostras da qualidade da indústria panificadora do nosso Portugal, como também de ressacas dependendo do número e qualidade das bebidas ingeridas.
Para alegrar a manhã o mestre M. Aroso declamou para uma plateia atenta, pérolas dessa grande obra "Puro Aromas", e como pessoa cheia de talentos, juntou-se a António P. numa oficina completa de Balooning, um crash course em Accounting (método dos 55 euros) e uma pós-graduação em Orientação Espacial (triangulação de portas).
Depois de tanta emoção e aprendizagem conseguimos dormir 5 horas antes de pôr em prática alguns dos conhecimentos adquiridos horas antes com enfâse para "Chamadas pouco anónimas - esse grande mito", tirando os de Orientação Espacial, já que esses requerem supervisão de um doutorado ou de um representante oficial da Siemens (que infelizmente estava em mãos com uma auditoria).
O grupo das somas juntou-se ainda em jeito de almoçarada no Chez Bernard, como não podia deixar de ser, para trocar apontamentos e cantar algumas canções de intervenção como "Love is Strange".
As despedidas foram rápidas (coisa de 1h) e tristes, houve até quem não aguentasse a ideia do adeus e sucumbisse à loucura na entrada da A8, encarnando um toureiro e enfrentando os automóveis como ferozes touros.
Foi um fim de semana calmo e sereno, de meditação e introspecção... NOT!

Agradecimentos: Floriparve, Tatagolosa, Edding, Siemens, Bazar do Oriente, Smart, Chez Bernard.

Friday, December 15, 2006

Desabafo



Hoje vi alguém que em tempos considerei amiga, não era uma amiga do peito, mas como diz o outro, em caso de dúvida, compra. Estava parada à minha porta dentro de um carro, e quando me viu chegar, virou a cara para o lado oposto como se alguma coisa se passasse do outro lado de uma rua completamente deserta, à meia-noite... Por 5 segundos voltei a ser a mais alta da turma, magra como um espeto e a achar que a inteligência distanciava-me da popularidade.
Ao menos eu cresci e só uns pequenos flashbacks provocados pela criancices dos outros me levam de volta à infância.
Miúda... Grow up!

Thursday, December 14, 2006

Maratona


Das 14h à 1.30h a ver trabalhos... Help!

Tuesday, December 12, 2006

Auto...



Gostava de ver a versão para o metro...

Sunday, December 10, 2006

Bye



"A cidade está deserta
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte"

Saturday, December 09, 2006

Quinta a um sábado



Depois dos excessos do dia de ontem resolvemos fazer algum exercício físico, é claro que estas coisas são sempre decididas no dia anterior, no calor do lar, aquecidos pelo chá, com uma mantinha nas pernas.
Estacionamos o carro no topo de uma colina, em frente a uma capela, resolvemos seguir o percurso histórico que é como quem diz, caminho escorregadio de pedras e de terra, folhas, lama, felizmente não tropecei em nada como é hábito. Mal chegamos à aldeia começou a chover e o frio era tal que não conseguia sentir nem as orelhas, nem a ponta do nariz. Os cafés estavam cheios de locais e visitantes que tinham sentido, tal como nós, o apelo do frio e da natureza.
Arranjamos um mapa no posto de turismo para, pelo menos, encontrarmos a tal capela onde tinhamos estacionado o carro enquanto calculávamos o doloroso regresso, mesmo no meio do mapa estava marcado uma quinta, cheia de desenhos de torres e jardins labirinticos, não ficava propriamente no caminho de volta mas também não o alongava mais.
O terreno circundante era imponente mas nada me faria prever quão fantástico era o jardim (jardim é uma palavra pobre para o descrever, já que o meu, ao lado daquele, parece um terreno baldio de 2x2m).
Subimos algumas torres, descemos outras tantas, passámos por lagos e pedras "suspensas" na àgua, encontramos uma clareira com duas arcadas brancas, numa delas nada, um muro de pedra, na outra escuridão, uma gruta. Como miúdos, com os telemóveis na mão a iluminar mal o caminho, seguimos por aquele buraco na rocha, por momentos perdi-me, passaram segundos mas a sensação de não me conseguir orientar foi tão forte que senti as pernas a perder força e quase me baixei, uma mão agarrou o meu casaco e puxou-me até conseguir ver um fiozinho de luz solar. Do outro lado do buraco... um lufada de ar frio, húmido e rarefeito e a incredulidade!
Estava dentro de um poço, mais precisamente a meio das escadas que ladeavam o poço de 15 metros, em cima um céu azul acinzentado, em baixo um chão claro iluminado pela luz que mal chegava lá. A água escorria e pingava pelas paredes, criando uma pequena sinfonia que ressoava ao longo de todo o percurso.
Vi coisas lindíssimas naquele jardim mas depois do poço tudo parecia menos emocionante.
Fomos seguindo o percurso indicado no mapa até ao portão e como ainda nos sentiamos travessos trocamos o sentido de algumas placas que indicavam o sentido da saída.
Enquanto fumava um cigarro, a olhar para uma das muitas estátuas brancas, recebi, uma mensagem vinda de longe, que tinha ficado pendente naquele limbo tecnológico, que me fez esquecer o frio que nunca nos tinha deixado e me colocou em frente a uma lareira com direito a uma bebida quente.

O banho quente e o jantar a relembrar Marrocos, que seguiu este contacto com a natureza pareceram irreais, ainda estava com a minha cabeça no poço, felizmente o corpo estava no calor.

Friday, December 08, 2006

Instantâneos



7.20h
Sobressalto (estranha sensação no peito), pisco os olhos, a luz vermelha diz-me que ainda posso dormir mais 15 minutos e faço intenção de os aproveitar até ao último segundo.

7.35h
Hung up da Madonna em tom polifónico (estas minhas ideias, às vezes, são tão infelizes).
Levanto-me a custo até me lembrar que graças ao pesto não fiz a mala ontem, este pequeno clic, que se faz na minha cabeça, obriga-me a entrar em expert mode enquanto atiro metade do conteúdo dos meus armários para cima da cama (a minha empregada vai ter um fanico).

10.20h
Afinal sou mesmo perita e consegui fazer tudo o que queria, inclusive secar o cabelo, encontrar uma camisola perdida desde o inverno de 2005 e ter uma conversa bastante relaxada com o meu pai.

11.15h
Encontro o meu lugar, passo os olhos por revistas sem interesse nenhum, tomo um café com um leve sabor a mofo, ouço música até que o sol me obriga a fechar os olhos...

14.30h
Quatro pessoas dentro de uma cabine de fotografias, risos altos e queixas do aperto que se sente lá dentro, sorriso das pessoas que passam e nos vêm sair. Um momento capturado para sempre.

15.10h...
Almoço, risos, conversas, cigarro, compras, risos, lanche, cigarro, comida, ruas, pessoas, cigarro, natal, comida, vinho, risos, conversas, cigarro, cigarro, jantar, conversas, risos, copos, cigarro, chá, conversas, cigarro, cigarro, conchinha, cama.

5.20h
Sobressalto (estranha sensação no peito).

Thursday, December 07, 2006

Eu pesto



Devia estar a recuperar da semana agitada e a preparar o fim de semana, mas isto encaixava perfeitamente num warm up.
Uma massa com um pesto fresco, feito na hora à lá L, foi só o início, sim porque o H não deixou a bebida por mãos alheias e eu, o R e a Dra. S estivemos lá para acompanhar.
Como não podia deixar de ser, quando as mulheres estão em maioria, a conversa "descambou" em análises da espécie humana masculina, grandes conclusões foram retiradas, tantas que davam para um outro blog, mas isso é outra história, além do mais não podemos abrir o livro assim para todos, estas pérolas têm que ser doseadas, de outra forma o mundo tornava-se menos complexo... menos difícil e sem graça nenhuma.
Vou tentar aqui reproduzir um dos diálogos que levantou grandes questões:

(...)
H - Mas eu também gosto das pizzas da Pizza Hut mas a massa fina deles não é propriamente fina.
Dra. S - Não é fina???
H - Não! É bem grossa!
Dra. S - Isso depende do que consideras grosso.
(risos)

Dica da semana: "Homens, hetero, que cozinham bem não são grande coisa na cama, devem saber fazer uns petiscos, umas tostas, umas entradas, não muito mais."

Wednesday, December 06, 2006

Os opostos



O primeiro é um livro de Ariel Levy, que acusa as mulheres de se comportarem como estúpidas, quando não o são, para não assustarem os homens, revelando apenas um lado sexual e falsamente desinibido, o outro é de Sissi, uma anónima que, como tantas hoje em dia, escreve um blog contando e comentando a sua vida explorando a faceta do sexo que Ariel critíca.

Mas o que me levou a escrever este post é mais óbvio que o conteúdo de qualquer um dos livros, para o leitor menos atento passo a explicar:
Que raio de designers temos no nosso país (ou não mas assumo que seja português) que não é capaz de fazer uma capa decente sem ter que plagiar uma já existente, e o pior é que foi logo escolher uma que não só é mais conhecida que o tremoço (graças à princesa do povo americana) mas também enxovalha o comportamento de princesas como a Sissi. É nestas alturas que tenho vergonha de dizer o que faço, não vá alguém dizer "Ah, a menina é copista!"

Tuesday, December 05, 2006

O poder da gata



Por um concerto destes o sacrifício de trocar a comida da minha mãezinha por um Cheese ranhoso a caminho da Boavista, parece perfeitamente aceitável.
Nem o facto de, há bem pouco tempo, ter largado 30 euros numa multa de estacionamento no mesmo sítio do concerto desta noite me desanimou, talvez por isso a sorte sorriu-nos e um lugar, mesmo à medida do Hondinha, estava à minha espera a 15 segundos do Batalha.

Chan esmerou-se e desdobrou-se em coreografias agitadas que roçavam uns whiskeys a mais e uma ou duas linhas antes do espectáculo.
Em forma de desculpas pelo mau comportamento de um concerto anterior fez uma cover improvisada de "Crazy" e "Who knows where the time goes", criando um ambiente de tal forma íntimo e sossegado que nos fez sentir na sala de velhos amigos, absolutamente sublime, estragado só por um bando de dois anormais que infelizmente estavam sentados mesmo atrás de mim.

Cat Power you're the greatest!

Monday, December 04, 2006

Complexidade humana



Há bem pouco tempo alguém me disse que eu era uma pessoa difícil.
Como na altura as coisas estavam a correr a mil à hora considerei aquela frase como insulto e desliguei-me dela até à uns dias atrás.
Comecei a escrever este post na quarta-feira mas as ideias surgiam tão confusas que não era capaz de fazer frases concisas sobre o que me passa pela cabeça, nem sei se o vou conseguir, mas não quero nem posso deixar passar em branco.
É claro que sou uma pessoa difícil, mas não somos quase todos? Só quem acha que estar neste mundo é fácil pode dizer estas coisas. Conheço pessoas fáceis de se gostar, conheço pessoas fáceis de se detestar, ir beber um copo, ficar a conversar até um novo dia surgir mas felizmente não conheço "pessoas fáceis ponto final".
Não consigo imaginar-me a passar pela minha vida sempre com um sorriso nos lábios, com a sensação de bem-estar anestesiado permanente, desligar-me de tudo e de todos e fingir que as coisas que se passam à minha volta não me afectam.
Hoje sei que, para mim, foi um elogio, sou uma pessoa difícil e tenho algum orgulho nisso.

Saturday, December 02, 2006

Parabéns!



Mais uma volta, mais uma viagem! De barco, claro!

(post a ser revisto e aumentado mal recupere da noite)

Friday, December 01, 2006

Independência


Nada como celebrar a independência com uma série de programas de self-help antes de um chá de maçã com canela e boa companhia!