Pitch fork
Há dias em que não devíamos sair de casa, mas este não foi um deles.
A noite começa tarde, o trabalho arrasta-se para além da hora de jantar, além disso um dos membros activos está ausente.
Telefono à menina azul, numa tentativa de a desencaminhar, mas o sofá e o filme não estão à altura dos meus planos sem consistência, portanto vou pregar para outra freguesia.
Uma passagem rápida em casa da Maga para levantar a moral, o mau olhado, um O e um R.
Via verde até uma noite chuvosa, uns calções alados e 50 cêntimos indicam o caminho e nós como bons seguidores nem pestanejamos.
Os flocos estão estaladiços, os encontros são imediatos a 360º graus, trocam-se números, risos, olhares, despedidas, a temperatura arrefece e quase seguimos o trilho dos coelhos mas em caso de dúvida vira-se à esquerda.
Na floresta a noite adensa-se, não se vê uma única estrela, os predadores estão à solta mas nós não somos presas, num dos caminhos encontro um labirinto conhecido mas decido voltar para trás, uma árvore passa por nós repetidamente. De volta ao ponto de partida, assustamos um esquilo, rimo-nos de um gato que fala francês, espantamos um texugo, cumprimentamos um lobo e saímos para a estrada, ainda não se vê nenhuma estrela e pressinto que não vou ver nenhuma tão cedo.
6.30h Um sms das cidades para as serras.
1 comment:
Este post ganhou o prémio "post mais metafórico do ano".
Beijinhos
Post a Comment