Sunday, November 04, 2007

Casamento Cigano



No dia 19 de Outubro começaram as festividades, a noiva estava em Madrid, o noivo em Las Vegas...
16 dias e muitas festas intermédias depois chega a véspera do grande dia, uma viagem de comboio até à capital, um almoço pizztoresco e a chega a hora (bem em cima, achávamos nós) de embarcar para sul. Muitas cantorias e um transbordo depois, chegamos até à noiva que nos recebe de casaco grosso e flip-flops empurrando-nos todos para o Teodósio, ponto de paragem obrigatório para um bom apreciador de frango no churrasco. Para mim? Simplesmente delicioso!
De barriga cheia, ainda tentamos dar uma volta mas o frango e a viagem pesava-nos no corpo e a cama com vista para o mar era bem mais apetecível que a brisa fria e um espaço confinado e barulhento.

Se há coisa que gosto, quando fico num hotel, é do pequeno almoço, não como nada por aí além, mas sabe-me bem ter a fruta descascada, torradas, pão variado, compotas, tudo à mão de semear.
Arrastei a gemela até à sala onde uma parte da comitiva já se encontrava a apreciar todos aqueles os petiscos.

Ainda tínhamos algum tempo para gastar antes do grande evento e, enquanto umas iam ser pintadas pelo Dali outros aproveitaram o calor para meter os pés no mar. Depois deste revitalizing corremos para o quarto com vista afim de nos aprontarmos, afinal já não tínhamos assim tanto tempo...

A cerimónia, correu com alguma normalidade se bem a rapariga da squeaky voice não parou um segundo e uma voz de criança gritava Pai! cada vez que havia um momento de silêncio, finalmente chegou a parte que todos esperavam... a festa cigana!

Servidos os aperitivos, metade dos convidados já estava bem aquecido, se bem que alguns ainda trocaram de meias e de écharpes... A minha mesa, a mais internacional de todas, contou com representantes de Espanha, entre eles, Javier Bardém que me confundiu com a Sharapova (podia ser pior), Egipto, Caxemira, Inglaterra, Alemanha, e Estados Unidos. Aguentamos firmes durante a refeição mas quando chegou a sobremesa já tínhamos reunido o clã numa mesa alheia, para prepararmos a entrada do baile.

Entre charutos, convites para trabalhar na EDP, digestivos, strip ao noivo e muita música fornecida por um dos Kitos, conseguimos ser expulsos do local às 4h da madrugada. O povo que restou ainda tentou abrir o livro no 5º capítulo mas a biblioteca estava a fechar.

4 resistentes vestidos a rigor, entraram para a sala de pequenos-almoços e aterraram 1 hora mais tarde nos sofás do lobby, surpreendendo o resto dos hóspedes madrugadores.
Adormeci por uns minutos, ao som das conversas em vozes arrastadas, e quando o frio da falta de sono falou mais alto, entrei em modo automático em direcção à cama que há muito esperava por mim.

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